Quais os passos para solicitar a aposentadoria no INSS?

A aposentadoria é um dos momentos mais esperados da vida de quem trabalhou e contribuiu por anos. Representa o reconhecimento de todo o esforço dedicado e a segurança de ter uma renda garantida no momento em que o trabalho já não é mais uma obrigação diária. No entanto, esse processo pode gerar muitas dúvidas: como começar o pedido, quais documentos são exigidos, quanto tempo leva a análise e, principalmente, como garantir que o benefício seja concedido da forma mais vantajosa.

Com as mudanças trazidas pela Reforma da Previdência e as diferentes regras de transição, é natural que o trabalhador fique inseguro sobre qual tipo de aposentadoria tem direito e o melhor momento para solicitá-la. Por isso, criamos este guia para explicar, de maneira simples e prática, cada etapa do processo, desde o primeiro acesso ao Meu INSS até a importância de contar com o auxílio de um advogado previdenciarista.

Saiba mais durante esse texto:

1. Por onde começar?

O primeiro passo para solicitar a aposentadoria é acessar o Meu INSS, a plataforma digital criada pelo Governo Federal para facilitar o acesso aos serviços previdenciários. Por meio dela, é possível fazer praticamente todo o processo sem sair de casa, economizando tempo e evitando filas em agências.

Você pode acessar o sistema pelo site meu.inss.gov.br ou pelo aplicativo disponível para Android e iOS. Assim que entrar, será preciso fazer login utilizando seu CPF e senha. Caso ainda não tenha cadastro, é possível criá-lo em poucos minutos informando seus dados pessoais.

Ter seus dados atualizados no sistema é essencial, pois é através do Meu INSS que o trabalhador acompanha o andamento do pedido, recebe notificações e pode enviar documentos complementares.

2. Como fazer o pedido de aposentadoria?

Depois de fazer login, clique em “Novo Pedido” e digite “aposentadoria” na barra de busca. O sistema mostrará todas as opções disponíveis. Selecione o tipo de aposentadoria que melhor se encaixa na sua situação: por idade, por tempo de contribuição, por invalidez, híbrida, entre outras.

Durante o processo, o sistema pedirá para você atualizar seus dados pessoais e anexar os documentos que comprovam o seu tempo de contribuição. Também será necessário confirmar informações sobre vínculos de trabalho, períodos em que atuou como autônomo, tempo rural e possíveis atividades especiais.

Essa etapa é fundamental, pois qualquer dado incorreto ou documento faltante pode atrasar a análise do pedido. Por isso, é importante preencher tudo com atenção e anexar os comprovantes de forma organizada.

3. Quais documentos são necessários?

Os documentos variam de acordo com o tipo de aposentadoria, mas alguns são obrigatórios para todos os segurados. Em geral, você vai precisar de:

  • Documento de identidade e CPF;
  • Comprovante de residência atualizado;
  • Carteira de trabalho;
  • Carnês de contribuição (GPS), no caso de contribuintes individuais;
  • Extrato do FGTS;
  • Certidão de Tempo de Contribuição (para quem trabalhou em regime próprio);
  • PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário), para quem exerceu atividades especiais;
  • CNIS (Cadastro Nacional de Informações Sociais), que reúne seu histórico de vínculos e contribuições.

O CNIS é um dos documentos mais importantes, pois serve de base para o cálculo do benefício. No entanto, ele pode conter erros ou períodos faltantes. Antes de fazer o pedido, vale revisar esse documento com calma e reunir provas (como contracheques, holerites ou contratos de trabalho) para corrigir possíveis falhas. Isso evita atrasos e indeferimentos.

4. Como confirmar se os dados estão corretos?

Após preencher as informações e enviar os documentos, o sistema do Meu INSS exibirá todos os vínculos e períodos de contribuição registrados. Essa é a hora de revisar com atenção.

Se perceber que algum período não aparece, ou se houver valores incorretos, é possível incluir manualmente as informações e anexar documentos que comprovem o vínculo. O sistema também pedirá que você confirme a veracidade de todos os dados antes de finalizar o requerimento.

Depois disso, o pedido é protocolado e você receberá uma confirmação por e-mail e no próprio sistema. A partir daí, é só acompanhar o andamento pela plataforma ou pelo telefone 135.

5. Quanto tempo demora a análise do INSS?

O prazo para o INSS analisar o pedido pode variar bastante. Em média, o tempo é de até 180 dias, mas alguns pedidos são concluídos mais rapidamente, especialmente quando toda a documentação está correta e completa.

A aposentadoria por idade urbana, por exemplo, pode ser concedida em até 48 horas quando não há pendências. Já pedidos mais complexos, como os que envolvem tempo rural ou especial, costumam exigir análise mais detalhada.

Se o seu processo ficar parado por mais de 90 dias sem movimentação, é possível recorrer à Justiça por meio de um Mandado de Segurança, pedindo que o INSS finalize a análise dentro do prazo legal.

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6. E se o pedido for negado?

Nem sempre o pedido é aceito de primeira. O INSS pode negar o benefício por falta de documentos, informações inconsistentes ou erro na contagem de tempo de contribuição.

Quando isso acontece, o primeiro passo é ler atentamente o motivo da negativa. A partir daí, você pode apresentar um recurso administrativo dentro do prazo de 30 dias, corrigindo as pendências ou complementando as provas.

Outra opção é ingressar com uma ação judicial para contestar a decisão do INSS e garantir o direito ao benefício, principalmente quando há provas suficientes e o erro foi na análise do órgão.

7. É necessário ter um advogado para pedir aposentadoria?

De forma geral, o segurado não é obrigado a contratar um advogado para fazer o pedido. O processo pode ser feito diretamente no Meu INSS.

Mas é importante saber que o sistema é apenas uma ferramenta automatizada e, muitas vezes, não considera todas as particularidades de cada caso. Por isso, contar com o apoio de um advogado previdenciarista pode fazer toda a diferença.

O profissional especializado sabe identificar qual regra é mais vantajosa, calcular o melhor momento para o pedido, revisar o CNIS e orientar sobre toda a documentação necessária. Além disso, ele pode intervir em caso de negativa, apresentar recursos e garantir que o segurado receba o benefício da forma correta e com o valor justo.

8. Como saber qual é a melhor regra para o meu caso?

Depois da Reforma da Previdência, as regras de aposentadoria ficaram mais complexas. Hoje existem várias modalidades e regras de transição, o que torna essencial fazer uma análise individualizada.

O Meu INSS permite simular o benefício, mas essa simulação serve apenas como base — ela não substitui uma análise detalhada feita por um profissional. Em muitos casos, o advogado consegue identificar alternativas mais vantajosas, que o sistema não mostra automaticamente.

9. Conclusão

Solicitar a aposentadoria é um passo importante e, embora o processo esteja mais acessível, exige atenção e cuidado com cada detalhe. A boa preparação faz toda a diferença para garantir um benefício justo e seguro.

Por isso, se você deseja evitar erros e conquistar a melhor aposentadoria possível, conte com o auxílio de um advogado previdenciarista. Com orientação especializada, o processo se torna mais tranquilo, rápido e vantajoso. Afinal, estamos falando de um direito conquistado com muito esforço e que vai acompanhar você por toda a vida.

Mota e Silva Advogados

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