Se você recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e está pensando em aceitar um trabalho formal com carteira assinada, é natural que surjam dúvidas e até inseguranças. Afinal, o medo de perder um benefício tão importante pode gerar muita apreensão. Por outro lado, a possibilidade de conquistar autonomia financeira e novas oportunidades profissionais também pode ser muito atraente.
Neste texto, vamos esclarecer as principais dúvidas sobre o tema. Será que quem recebe o BPC pode mesmo trabalhar? Existe alguma exceção? O que acontece com o benefício nesse caso? E se a pessoa quiser contribuir para o INSS? A seguir, você encontra um conteúdo claro, direto e baseado nas regras do INSS para que possa tomar uma decisão segura e bem informada.
Ao longo deste guia, saiba mais sobre:
1. O que é o BPC?
Inicialmente, é importante lembrar que o BPC é um benefício assistencial pago pelo INSS a idosos com 65 anos ou mais ou a pessoas com deficiência, de qualquer idade, que comprovem não ter condições de se sustentar e nem de serem sustentadas pela família. Diferente da aposentadoria, o BPC não exige contribuição ao INSS.
2. Quem recebe BPC pode trabalhar?
Essa é uma das dúvidas mais comuns. Em regra, não. O BPC é um benefício voltado para quem está em situação de vulnerabilidade social e não tem renda suficiente. Ao começar a trabalhar com carteira assinada, a renda da pessoa aumenta e isso pode fazer com que ela deixe de atender aos critérios do benefício.
3. Vou perder o BPC se for contratado com carteira assinada?
Sim, é bem provável. O BPC exige que a renda por pessoa da família não ultrapasse 1/4 do salário-mínimo. Quando você começa a trabalhar e passa a receber um salário, essa renda familiar aumenta e geralmente ultrapassa o limite. Nesses casos, o INSS pode suspender ou até cancelar o benefício.
4. Existe alguma exceção para quem tem deficiência?
Sim. No caso das pessoas com deficiência, existe a possibilidade de suspensão temporária do BPC. Isso significa que o benefício pode ser suspenso enquanto a pessoa estiver trabalhando e reativado se ela parar de trabalhar e continuar atendendo aos critérios. Esse retorno, no entanto, precisa ser solicitado e analisado pelo INSS.
5. Posso contribuir para o INSS mesmo recebendo o BPC?
Pode sim. Apesar de o BPC não exigir contribuição, nada impede que a pessoa contribua por conta própria para o INSS. Isso é importante para quem tem planos de futuramente se aposentar, por exemplo.
6. Vale a pena trocar o BPC por um emprego formal?
Essa é uma decisão muito pessoal e que deve ser bem avaliada. Trabalhar pode significar mais autonomia e renda, mas também pode trazer instabilidade, especialmente se o contrato não for duradouro. Além disso, se o emprego acabar, o processo para tentar reativar o BPC pode ser demorado e burocrático.
7. Por que contar com a ajuda de um advogado previdenciarista?
Muitas pessoas deixam de buscar seus direitos ou tomam decisões que trazem prejuízos por falta de orientação. Um advogado especializado em Direito Previdenciário pode analisar o seu caso com cuidado, orientar sobre os riscos e benefícios e ajudar em todo o processo, seja para manter o BPC, tentar reativá-lo ou buscar outra forma de proteção social.
8. Conclusão
Receber o BPC e trabalhar de carteira assinada, em geral, não é permitido. Mas cada situação é única e deve ser analisada com atenção. Antes de tomar qualquer decisão, é fundamental entender bem as regras e buscar orientação profissional. Estamos aqui para ajudar você a fazer isso com segurança e tranquilidade.