Você pode receber salário-maternidade mesmo contribuindo há pouco tempo. Veja como!

Descobrir que está grávida é um momento especial, mas também pode gerar muitas dúvidas, principalmente em relação aos direitos trabalhistas e previdenciários. Se você começou a contribuir para o INSS recentemente, pode estar se perguntando se terá direito ao salário-maternidade. Esse benefício é fundamental para garantir um período de estabilidade financeira enquanto você cuida do seu bebê.

A boa notícia é que, com uma decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF), ficou mais fácil garantir esse benefício. Agora, mesmo quem começou a pagar o INSS durante a gravidez pode ter acesso ao salário-maternidade com apenas uma única contribuição. Mas como isso funciona na prática? Vamos esclarecer tudo de forma simples e objetiva!

Ao longo deste guia, saiba mais sobre:

1. O que é o salário-maternidade e quem tem direito?

O salário-maternidade é um benefício pago pelo INSS às seguradas que precisam se afastar das suas atividades em razão do nascimento de um filho, adoção, aborto não criminoso ou parto natimorto. Ele é concedido para trabalhadoras com carteira assinada, autônomas, contribuintes facultativas e seguradas especiais (como agricultoras familiares).

2. Preciso ter contribuído por quanto tempo para receber o benefício?

Antes, para receber o salário-maternidade, algumas seguradas precisavam cumprir um período de carência de 10 contribuições mensais. No entanto, essa regra mudou!

Agora, basta apenas uma única contribuição ao INSS para que seguradas facultativas, trabalhadoras autônomas e seguradas especiais tenham direito ao benefício. Isso significa que, mesmo que você tenha começado a pagar o INSS durante a gravidez, poderá garantir seu salário-maternidade.

Veja na tabela abaixo a situação antes e depois da mudança:

Tipo de Segurada

Regra Antiga 

Regra Atual (após decisão do STF)

Trabalhadora com carteira assinada

Sem exigência de carência

Sem exigência de carência

Autônoma ou MEI

Exigência de 10 meses de contribuição

Apenas 1 contribuição

Facultativa

Exigência de 10 meses de contribuição

Apenas 1 contribuição

Segurada especial

Exigência de 10 meses de contribuição

Apenas 1 contribuição

3. Quem começou a pagar o INSS grávida pode receber o salário-maternidade?

Sim! Como já foi mencionado, o STF determinou que não é mais necessário cumprir os 10 meses de carência para trabalhadores independentes, seguradas especiais ou facultativas. Essa mudança equipara esses grupos às profissionais com carteira assinada, permitindo o recebimento do benefício com apenas uma única contribuição ao INSS.

Isso significa que, se você começou a contribuir para a Previdência durante a gravidez, já pode ter direito ao salário-maternidade.

4. Existe alguma exceção para conseguir o benefício sem cumprir a carência?

Embora a nova regra elimine a carência para muitas seguradas, vale lembrar que a decisão não altera o direito de quem já estava segurada pelo INSS antes da gestação. Se você perdeu a qualidade de segurada (por exemplo, ficou muito tempo sem pagar o INSS), pode precisar de um número mínimo de contribuições para restabelecer seus direitos.

Se tiver dúvidas, o ideal é procurar um advogado especialista para avaliar seu caso individualmente.

5. Como solicitar o salário-maternidade e quais documentos são necessários?

O pedido pode ser feito pelo site ou aplicativo Meu INSS, ou diretamente em uma agência da Previdência Social.

Os principais documentos necessários são:

  • Documento de identificação com foto (RG e CPF);
  • Carteira de trabalho ou comprovantes de contribuição ao INSS;
  • Certidão de nascimento ou natimorto da criança;
  • No caso de adoção, nova certidão de nascimento emitida após a decisão judicial.

 

O prazo máximo para fazer o pedido é de até 5 anos após o parto, adoção ou aborto legal.

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6. O que fazer se o pedido for negado pelo INSS?

Se seu pedido for negado, não se desespere! Você pode recorrer da decisão dentro do próprio INSS ou entrar com uma ação na Justiça. Muitos benefícios são indeferidos por erro do sistema ou falta de documentação, e um advogado especializado pode te ajudar a resolver isso rapidamente.

7. Por que contar com um advogado previdenciário?

Mesmo com a nova regra facilitando o acesso ao salário-maternidade, cada caso tem suas particularidades. Um advogado especialista pode:

  • Verificar se você realmente atende aos requisitos para receber o benefício;
  • Auxiliar na organização dos documentos necessários;
  • Entrar com um recurso caso o INSS negue seu pedido;
  • Garantir que você receba o valor correto do benefício.

 

Muitas mães deixam de receber o salário-maternidade por falta de informação ou por dificuldades no processo. Contar com um especialista pode garantir que seus direitos sejam respeitados e que você possa se concentrar no que realmente importa: cuidar do seu bebê!

8. Conclusão

O salário-maternidade é um direito essencial para garantir segurança financeira durante o período de adaptação ao nascimento do bebê. Com a recente decisão do STF, muitas mulheres que antes não tinham acesso ao benefício agora podem garantir esse direito com apenas uma única contribuição ao INSS. Isso representa um grande avanço para trabalhadoras autônomas, facultativas e seguradas especiais.

Se você começou a contribuir para o INSS recentemente e está grávida, não deixe de solicitar seu benefício. E, se houver qualquer dificuldade, contar com o suporte de um advogado previdenciário pode fazer toda a diferença para garantir que seu direito seja respeitado.

Ainda tem dúvidas? Procure um especialista e garanta seu salário-maternidade sem complicações.

Mota e Silva Advogados

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